domingo, 22 de maio de 2011

HISTÓRIA DOS BAIANOS


Saudação:
É da Bahia, meu Pai!


O Baiano representa a força do fragilizado, o que sofreu e aprendeu na "escola da vida" e, portanto, pode ajudar as pessoas.
O reconhecido caráter de bravura e irreverência do nordestino migrante, parece ser responsável pelo fato de os baianos terem se tornado uma entidade de grande freqüência e importância nas giras paulistas e de todo o país, nos últimos anos.
Os baianos da Umbanda são pouco presentes na literatura umbandista.
Povo de fácil relacionamento, comumente aparece em giras de Caboclos e pretos velhos, sua fala é mais fácil de se entender que a fala dos caboclos.
Conhecem de tudo um pouco, inclusive a Quimbanda, por isso podem trabalhar tanto na direita desfazendo feitiços, quanto na esquerda.
Quando se referem aos Exús usam o termo "Meu Cumpadre", com quem tem grande afinidade e proximidade, costumam trazer recados do povo da rua, alguns costumam adentrar na Tronqueira para algum "trabalho".
Enfrentam os invasores (kiumbas, obsessores) de frente, chamando para si toda a carga com falas do gênero "venha me enfrentar, vamos vê se tu pode comigo".
Buscam sempre o encaminhamento e doutrinação, mas quando o Zombeteiro não aceita e insiste em perturbar algum médium ou consulente, então o Baiano se encarrega de "amarrá-lo" para que não mais perturbe ou até o dia que tenha se redimido e queira realmente ser ajudado.
Costumam dizer que se estão alí "trabalhando" é porque não foram santos em seu tempo na terra, e também estão alí para passarem um pouco do que sabem e principalmente aprenderem com o povo da terra.
São amigos e gostam de conversar e contar causos, mas também sabem dar broncas quando vêem alguma coisa errada.
Nas giras eles se apresentam com forte traço regionalista, principalmente em seu modo de falar cantado, diferente, eles são “do tipo que não levam desaforo pra casa”, possuem uma capacidade de ouvir e aconselhar, conversando bastante, falando baixo e mansamente, são carinhosos e passam segurança ao consulente que tem fé.
Os Baianos na Umbanda são “doutrinados”, se assim podemos dizer, apresentando um comportamento comedido, não xingam, nem provocam ninguém.
Os trabalhos com a corrente dos Baianos, trazem muita paz, passando perseverança, para vencermos as dificuldades de nossa jornada terrena.
A Entidade pode vir na linha de Baianos e não ser necessariamente da Bahia, da mesma forma que na linha das crianças nem todas as entidades são realmente crianças.
Os Baianos são das mais humanas entidades dentro do terreiro, por falar e sentir a maioria dos sentimentos dos seus consulentes.
Talvez por sua forma fervorosa de se apresentar em seus trabalhados no terreiro, aparentem ser uma das entidades, mais fortes ou dotadas de grande energia (e na verdade são), mas na umbanda não existe o mais forte ou fraco são todos iguais, só a forma do trabalho é que muda.
Adoram trabalhar com outras entidades como Erês, Caboclos, Marinheiros, Exús, etc.
São grande admiradores da disciplina e organização dos trabalhos.
São consoladores por natureza e adoram dar a disciplina de forma brusca e direta diferente de qualquer entidade.

Características dos Baianos
Comidas: Coco, cocada, farofa com carne seca.
Bebem:
Água de coco, cachaça, batida de coco.
Fumam:
Cigarro de palha.
Trabalham:
Desmanchando trabalhos de magia negra, dando passes, etc,. São portadores de fortes orações e rezas.
Alguns trabalham benzendo com água e dendê.
Cor: laranja ou qual for definida pela entidade
Apresentação: Usam chapéu de palha ou de couro e falam com sotaque característico nordestino. geralmente usam roupas de couro.
Nomes de Alguns Baianos: Severino, Zé do Coco, Sete Ponteiros, Mané Baiano, Zé do Berimbau, Maria do Alto do Morro, Zé do Trilho Verde, Maria Bonita, Gentilero, Maria do Balaio, Maria Baiana, Maria dos Remédios, Zé do Prado, Chiquinho Cangaceiro, Zé Pelintra (que trabalham também na linha de Malandros).

Na linha dos baianos usam sempre muita mandinga para ajudor os zeladores da casa e os médiuns que respeitm o seu terreiro fazem e não são espalhafatosos, é aí, que aqueles médium que se acham os donos da verdade e acham que o terreiro foi feito pra eles, se dão mal.
Me admiro muito das pessoas que dizem que tem tanto tempo no santo e pouco conhecem essa linha que trabalham com muitas ligações com os “compadres”, é como eles chamam os “Exus”.

Os que pensam que são muitos espertos saem do terreiro sem entender nada e nem reparam que os baianos os afastam sem maior problemas e ainda fazem que eles levem os seus piores pensamentos e seus orgulhos.

Salve! o povo baiano, salve! Zé do Côco.

Elias de Xangô

A LINHA DOS BAIANOS



A Linha dos Baianos é formada por Espíritos alegres, brincalhões e descontraídos.
Gostam muito de desmanchar demandas.
São conselheiros e orientadores e gostam muito dos rituais em que trabalham, girando e dançando com passos próprios.
Agradecem às festas que lhe são oferecidas; bebem batida de côco e comem comidas típicas da cozinha baiana.
O Povo Baiano vem ao Terreiro para trazer seu Axé, sua Energia Positiva.
A gira é sempre muito animada.
São Entidades que tem muito a nos ensinar, sempre com uma resposta certeira e rápida para nossas questões.
Com seus côcos, azeite de dendê, comidas e cantigas típicas da região, realizam trabalhos em prol da evolução espiritual de todos.
Por terem vivido em épocas mais recentes, são Espíritos mais próximos de nós.

UMA LENDA DE CABOCLO BAIANO


Um conto diz que Lampião e Zé Pelintra, no além, estiveram a ponto de brigar por causa de Maria Bonita, que o segundo resolveu cortejar.
Lampião ameaçou mandar Zé Pelintra para o inferno.
Zé Pelintra zombou da ameaça, pois "entra e sai de lá a toda hora".
Lampião puxou a peixeira e chamou seu bando ou falange, quando apareceu Severino da Bahia, antigo babalorixá de Salvador, que conhecia os dois e tinha muita afeição por ambos.
Severino convenceu-os a baixar as armas e conversar.

Explicou a Zé Pelintra que Lampião lutou por melhores condições de vida, distribuição de terras, fim da fome e do coronelismo, mas cometeu muitos abusos.
Zé Pelintra, por sua vez, nascera no sertão de Alagoas, migrara para o Rio de Janeiro e driblara os problemas da vida, a fome, a miséria, as tristezas, com seu jeito esperto e foi transformado em herói depois da morte, embora também cometesse muitas violências.
Zé e Lampião descobriram que eram muito parecidos e igualmente valorizavam a justiça, a amizade e a lealdade.
Severino então convenceu-os a participar da Umbanda e trabalhar pelos pobres e excluídos.
Teria nascido então a Linha mais alegre, divertida e "humana" da Umbanda, que acolheria a qualquer um que quisesse lutar contra os abusos, a pobreza, a injustiça, as diferenças sociais e teria na amizade e no companheirismo sua marca registrada.

Uma linha de guerreiros, que um dia excederam-sese na força, mas que passavam a lutar com as armas da paz.
Dizem ainda que continua a queda de Zé Pelintra por Maria Bonita, mas ele a deixou de lado devido ao respeito pelo irmão Lampião e passou a namorar uma pombagira que conheceu na Umbanda.
É por isso que ele às vezes "baixa" disfarçado de exu.

BAIANA DO BALAIO



Nas giras eles se apresentam com forte traço regionalista, com sotaque característico.
Gostam de conversar e contar causos, mas também dão broncas.
São “do tipo que não levam desaforo pra casa”, possuem uma capacidade de ouvir e aconselhar, conversam bastante, falam baixo e manso, são carinhosos e passam segurança ao consulente.
Entre os nomes mais populares de baianos estão:

Severino da Bahia, Zé do Coco, Zé da Lua, Simão do Bonfim, João do Coqueiro, Maria das Graças, Maria das Candeias, Sete Ponteiros, Mané Baiano, Zé do Berimbau, Maria do Alto Do Morro, Zé do Trilho Verde, Maria do Balaio, Maria Baiana, Maria dos Remédios e Zé do Prado.
Alguns dos baianos supostamente foram cangaceiros do bando de Lampião, associados no imaginário popular à luta contra as injustiças sociais.

Incluem, além do próprio Lampião, Corisco, Maria Bonita, Jacinto, Raimundo, Cabeleira, Zé do Sertão, Sinhô Pereira, Chumbinho e Sabino.
Têm sido associados aos baianos também os "malandros", inspirados no tipo tradicional do malandro carioca, possivelmente as entidades mais ambivalentes da Umbanda, visto aparecerem também como exus.

O mais conhecido é Zé Pelintra, ao qual se associam Zé Navalha, Sete-Facadas, Zé-da-Madrugada, Sete-Navalhadas, Zé da Lapa e Nego da Lapa, entre outros.

BAIANOS NA UMBANDA

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Baianos são uma linha de trabalhadores de Umbanda pertencentes à chamada Linha das Almas, a mesma dos Pretos-Velhos / Pretas-Velhas.
linha dos Malandros, cujo maior representante é Zé Pelintra.
Outras linhas trabalham na gira dos baianos como por exemplo: Boiadeiros, Marinheiros e em alguns terreiros os Mineiros.
Sempre com seu coco (mistura de cachaça e mel colocada dentro de um coco), a linha baiana está sempre disposta a ajudar os filhos de fé com seus conselhos e sua proteção.
Esta linha trabalha tanto na Umbanda quanto na Quimbanda, geralmente não descendo nos trabalhos de esquerda (exceto Zé Pelintra), mas tendo a sua permissão para atuar na Quimbanda no plano espiritual.
Alguns conhecidos:

• Amigo do Vitorino
• Mané Baiano
• Zé Baiano
• Zé da Estrada
• Zé da Estrada e dos Trilhos
• Zé do Côco
• Zé do Côco de Pernambuco
• Zé Tenório
• Zé Pereira
• Zeca do Côco
• Zézinho Bahiano
• Chico Baiano
• João Baiano
• Severino
• Joaquim Baiano
• Carcará
• Lampião
• Maria Bonita

sábado, 14 de maio de 2011

RELATO DE UM ZELADOR E UMA ZELADORA DE SANTO




Somos adeptos do espiritismo a mais de 45 anos, sendo que eu com mais tempo do que minha esposa, somos casado a 37 anos, somos um casal que sempre soubemos o que queremos.
Depois de frequentar e trabalhar em vários terreiros, resolvemos que era melhor termos a nossa casa, pois somos daqueles que não tentamos mudar a casa de ninguém, pois o que mais existe por aí, é gente, ou seja, algumas pessoas que se dizem médium, tentando mudar terreiro dos outros.
Na nossa casa já apareceu gente de todas as qualidades, pessoas que chegam com a cara mais limpa e dizendo que adoraria ficar na nossa casa para ajudar, a fazer muita caridade e, nós acreditamos.

Com o passar do tempo elas iam deixando cair à máscara.
Queriam nos fazer de empregados, ou seja, se achavam os donos do pedaço, os espertos e até nos prometiam ajudar nas despesas do terreiro.

Quando resolvemos abrir o terreiro, fomos consultar o Pai Benedito e ele nos avisou que não aceitasse nada de ninguém, pois mais tarde teríamos problemas.
O mesmo falou ume ERE chamado Sidney e um EXU chamado Zé Pilintra.
Ainda bem que recebemos esses avisos, pois com tempo a coisa foi mudando.
Vou citar alguns casos feitos por essas pessoas mal informadas sobre o que é espiritualidade.
Tinha um médium que trazia velas de aniversario e usava as velas do terreiro e ainda falava na maior cara de pau que as velas não eram tão pequenas, mais usava as da casa e não a que ela trazia.

Quando a Mãe da Casa pedia pra ela lavar um copo, ela usava luva pra não estragar as unhas.
O filho dela já bem grandinho, simplesmente dava pedrada nos bichos do sitio, matou um ganso e vários pintinhos, quebrou telha da casa do caseiro, quebrou as pernas de duas galinhas, respondia mal aos caseiros, arrancava as frutas verdes, aprontava mesmo, quando a mãe de santo reclamava, a resposta era que ele era uma criança.
O pai do garoto que era um consulente, reclamava sempre da comida que era servida no jantar após a gira, teve um dia que estava frio e a janta era peixe, ele falou que aquele dia era dia pra costela com mandioca e não de peixe.
Já mandava nos caseiros de todas as formas, pagar o salário do caseiro, nada. Quando saiu, pediu um pedaço de fio, mais ou menos um metro, que ele tinha levado.
Nunca pedimos nada pra ele e eu não sabia que ele tinha emprestado esse metro de fio.
A filha so chegava de ressaca, quando eu perguntava se ela tinha bebido, com a cara mais lambida, dizia que não, pegava uma coca cola e ficava no sol esperando a gira começar, nunca pegaram numa vassoura para ajudar a Mãe de Santo a varrer o terreiro.
Essa filha deles com mais ou menos uns oito meses no santo, já fazia coisa mirabolantes, levava uma mini champanhe para sua entidade, tomava e ainda tomava outra maior da casa.
Nesse tempo tinha uma médium com mais tempo na espiritualidade, com muita firmeza no chão, acabou caindo no papo dessa médium que sabia beber e como adorava farra.
A mais nova santo acabou levando a outra pra farra e acabaram ficando super amigas, a ponto de chamarem uma a outra de “prima” pois se completaram, uma adorava farra, a outra, uma tremenda mentirosa, se tornou uma família.

Só que esqueceram que estavam na casa dos outros e quando foram para o nosso terreiro esqueceram de perguntar quem era o dono e quem protegia a casa.
Chegou a um estado que uma delas dizendo que estava com um EXU, deu um recado pra outra que estava gravida.

O recado foi que a criança tinha que ter o nome do cavalo e que o cavalo tinha que ser a madrinha dela.
Acredite EXU pedindo isso, o pior foi que a médium fez tudo direitinho.
Tem mais, essa que estava grávida, não se concentrava mais, ao ser indagada pela zeladora, a resposta foi que tinha entrado num acordo com as entidades e não iria incorporar mais, resumindo, foram mandados todos para fora do terreiro com direitos a levar tudo que trouxeram.
Teve médium que foi trabalhar na nossa casa e levou com ele consulentes que só sabiam levar pra nossa casa problemas que não tinham soluções do jeito que eles queriam e, lá eles pagaram e muito mais, pelo que sabemos não resolveram nada.
No nosso terreiro não vale dinheiro e nunca vai valer.

No nosso terreiro, só fazemos festa para “Cosme e Damião”, pois bem, toda vez pedimos pro médiuns trazer algum tipo de doce, alguns foram embora sem nenhuma explicação e alguns que ficaram traziam doces mais tinham que levar saquinhos para distribuir na sua rua, davam com uma mão e tiravam com a outra, pois vários médiuns tinham manias de falar com os caseiros como se eles fossem empregados deles, faziam eles até de babá, pediam pra fritar ovos, porque aquel comida não era de agrado deles, exigiam café, água e até comida, pois não tinham almoçado, chegavam perto da hora da gira começar e ainda ia comer, tinha uns que na hora do intervalo, iam na casa de baixo e jantavam e voltavam e no final da gira comiam de novo.
Tinham uns que apelidei de a quadrilha, pois aonde ia um, os outros acompanhavam também, não duraram muito na casa e hoje em dia ficam pulando de terreiro em terreiro, pois quando somos convidados para visitar algum terreiro, lá está a quadrilha, todos junto, prontos pra aprontar. Ainda não caíram na real pois carregam com eles, os zombeteiros, os brincalhões, não firmam em casa nenhuma, adoram beber e falar besteira, tentam fazer festa em todos os lugares que vão.
Só fazemos homenagem pra entidades no terreiro, no dia de cada um, como falei, festas só de Cosme e Damião. As fofocas eram muito grande, na minha frente e da Mãe de Santo, eram uma pessoa, por trás, eram outras. Procurar aprender não davam importância não.
Todos que saíram de nosso terreiro, tentaram mudar ou mandar mais, se deram mal.
Todos hoje em dia falam que queriam ensinar, queriam mostrar o que é certo e o que é errado, que dedicavam aquele sábado ao terreiro, mais na verdade no dia de limpeza, só iam quando tinham almoço, eu e a mãe, chegamos sempre mais cedo e somos os últimos a sair, todos ajudaram muito, mais foi com a boca, quando não estavam comendo, estavam fazendo fofocas.

Em relação a minha conduta e da zeladora, nunca pedimos nada a ninguém, não devemos nem favor também, trabalhamos por amor a religião, por fidelidade as entidades e por agradecimento, não medimos esforços e não ficamos falando que não fomos passear ou a um aniversario para estar ali, muitos faziam isso.
Graças a nosso Pai OXALA e todas as entidades, foram procurar outro lugar para se lamentarem, foram pra alguma igreja, algum terreiro ou viraram mães de santo ou pai de santo, pois isso eram alguns dos sonhos deles.
Hoje temos poucos médiuns na “Tenda de Xangô” que é a nossa casa, são pessoas de confiança, pessoas que trabalham com carinho, dedicação e respeito por nós e nossa casa.
Todos que aprontaram, fofocaram e pensaram que deral algum prejuízo pra nossa casa se enganaram e muito. Pois graças a minha linha, eu sempre estive a um passo na frente de todos eles, eu e a mãe, sempre estivemos unidos só ficamos observado os comportamentos de todos.
Com eles eu aprendi algumas coisas que se deve fazer e o que não se deve fazer quando estiver na casa dos outros, pois na minha, não fazemos o que não se deve e quando erramos tentamos acertar logo em seguida.
Hoje em dia ficam falando mal do terreiro, julgando os que ficaram mais tudo isso é a inveja que os consomem, pois nossa casa esta de pé e continuara enquanto as entidades quiserem.
Aos inconformados com a espiritualidade, sempre tenho uma palavra pra eles, que um dia encontrem seus caminhos, mais pra isso acontecer, tem que ter fé, muita fé mesmo, não é falando mal dos espiritas que terá seu problema resolvido, lembre-se que um dia você frequentou um terreiro, seja como médium, ou consulente e que sentiu um gostinho de ter ao seu lado pessoas boas e de consideração por você, por uns tempos teve pessoas de confiança a seu lado e você por orgulho, vaidade, olho grande, inveja e você ser uma ou um fofoqueiro acabou a amizade.
Procure pensar e analisar quando você falar de um terreiro não seja ingrato ou ingrata, pois você só trará sofrimento pra você mesmo.
Tenha orgulho de dizer que um dia você fez parte da corrente daquele terreiro e foi uma experiência nova na sua vida, mesmo que tenha passado por outra casa.

Pense porque não ficou, talvez ali foi seu lugar por algum tempo mais você um dia vai encontrar o seu lugar.
Pense também, que ao aprontar num terreiro, você sai impune deixando pra trás só o que você aprontou, não é assim, você leva o que trouxe principalmente a energia ruim e os espíritos sem luz que você carrega consigo e não deu luz ou rezou por eles, não fique levando o nome das pessoas que um dia você tinha amizade e acabou por sua causa, as entidades de outro terreiro, isso só faz você sofrer mais e a sua cabeça ficara tonta de tanto pensar que vai dar certo pra você, você deve pensar que as entidades tem sua própria energia e seu próprio julgamento e fazer o mal não é só porque você quer.
Hoje somos zeladores, mais já limpamos muito chão de terreiro, lavamos muito copos, acendemos muita vela, já fomos cambonos, já raspamos borra de vela, já ficamos de joelho muito tempo, já ouvimos muito pito de entidades, já fomos chamados muito a atenção por mãe e pai de santos, por isso o que pedimos na nossa casa, não é nada de mais.
Eu e a Mãe de Santo, somos muitos curiosos, adoramos visitar outros centros, mais vamos lá, não para sermos reverenciados, na maioria das vezes passamos despercebidos, somos também uns estudiosos do espiritismo, não importando a linha, criamos um hábito de observar, mais não pra depois sair falando e, sim para conhecer e aprender e relembrar alguns rituais, mais tem coisas que vemos e nos faz pensar muito. Por que existe muita submissão dentro dos terreiros, por que médiuns são humilhados e ameaçados por pai de santo ou mãe de santo e cobrados as suas mensalidades atrasadas publicamente, continuam no terreiro e até às vezes alguns médiuns chegados ao dono da casa e dizendo que estão com entidades, ameaçam os médiuns e também os consulentes, alguns médiuns fazem de suas entidades reis ou rainhas de seus terreiros, é minha teoria.
Temos visto em certos centros, um EXU dito “guardião” ter um cambono pra fazer tudo, que ele quer é ficar limpando tudo o que esse Exu faz e até diz pros consulentes quando o EXU vai voltar a essa casa, um outro só pra trocar os copos de bebidas e acender os charutos de primeira qualidade e outro pra ficar ajeitando sua capa e até trazendo a poltrona pro EXU ou Pomba Gira sentar.

Me pergunto mais tarde, será vaidade do médium, será que ele realmente está vibrado por uma entidade ou por um Kiumba zombeteiro, duma coisa tenho certeza, é uma dúvida sobre outra.
Tem uma situação que uma mãe de santo estava sentada lado a lado com uma filha de santo já confirmada e consagrada. Quando veio uma senhora dizendo que estava com uma pomba gira e disse que essa filha estava no inferno e o seu carro estava a caminho e que esta estava ali pra pedir perdão, não dizendo porque e de quebra ameaçou a outra moça que estava atrás dessa filha. A mãe de santo educadamente falou que ela estava enganada, pois aquela filha tinha melhores pretensões na sua vida e perguntou também que carro e esse porque ela achava que a menina tinha vindo pedir perdão e por que ela estava no inferno. Ela só ficou olhando com ar de ameaçador, foi então que a mãe de santo se intensificou como mãe de santo da garota, ela deu uma risada e afastou e logo em seguida “acredito eu” seu Kiumba brincalhão subiu, a garota atrás da mae de santo ficou apavorada e pediu mais informação pra ela, pois a zeladora dessa casa estava cercada por pessoas que diziam estar incorporadas e não atendeu a essa consulente, ficamos sabendo que a menina foi ameaçada por que esqueceu a bebida de primeira qualidade que essa “suposta” pomba gira tinha pedido.
A mãe de santo que estava na assistência falou que a garota acendesse uma vela e rezasse e assim que pudesse, procurasse a dona da casa pra pedir explicação, a menina foi embora apavorada.
Saí. Faço uma pergunta a mim mesmo por que pomba Gira ditas de luz escravizam e ameaçam pessoas. Acho que todos os médiuns devem cuidar para suas entidades, tenham bastante luz pra que sejam educados e respeitem a todos, pois nenhuma entidade deve vir num terreiro com arrogância e desrespeito, se isso acontece algo está errado, outra coisa, não existe entidades mais ou menos forte do que outra.
Existem sim entidades com mais experiência e médium mais firmes na formas de trabalhadas diferentes de trabalhar mesmo sendo da mesma falange.
No nosso terreiro somos responsáveis por tudo que ocorre, devemos sempre ficar atentos as “Filhos de Santos” da corrente, procurar sempre ajudar e corrigir deslizes, tratar todos com igualdade, não pode haver tratamento diferente, somos um exemplo positivo e devemos sempre dar bom exemplo para todos.
Os médiuns iniciantes não devem pensar que os zeladores são bobos, pois mais cedo ou mais tarde eles vão mostrar que não o são e, sim são muitos tolerantes com os irresponsáveis.
O verdadeiro sábio não é aquele que guarda para si tudo que sabe, mais sim, aquele que passa tudo que sabe.

Mais enquanto você não ouvir certas respostas, é porque você não está passando confiança para quem quer ensinar, aguarde chegar a sua hora, ter paciência também é um dom de sabedoria.
Não ensinamos aos mais novos e não explicamos para nossa assistência os significados de certos atos realizados durante os trabalhos, pois quem quer aprender seja seguidor da religião.
Depois de muitos anos peregrinando no espiritismo, comecei a ter pensamentos críticos no que diz a respeito de minha religião.
Observei as mudanças e as invenções descontroladas e os comportamentos absurdos na religião.
Uma coisa sempre me incomodou muito quando vou a um terreiro, a falta de simplicidade.

Quando no espiritismo, pés no chão, uma roupa branca, algumas velas no altar e pronto, o terreiro já estava pronto para funcionar, as entidades sempre presentes, os consulentes atendidos e os médiuns felizes por está ali. Não existiam cursos, como formação de sacerdotes em dois, três anos, nosso aprendizado era dentro do terreiro, ouvindo os dirigentes, as entidades e, também os mais experientes.
O que tenho visto são muitos que inventam rituais, fundamentos beirando ao absurdo, pessoas que procuram noutro terreiro praticas diferentes de onde está misturando tudo.
Vejo pais de santo sendo idolatrados como se fossem santos, deixando a espiritualidade em segundo plano, terreiros viraram passarelas para desfiles de moda ou concursos de fantasias, festa os ORIXAS todos os finais de semana, esqueceram que a homenagem tem o seu maior valor.

Aprendi que quando visitamos um terreiro, devemos saber entrar e sair, somos assistência e nosso lugar é na fila de passe.
Ainda bem que temos terreiro que mantem a tradição, a palavra de um PRETO VELHO, de um ERE, um EXU vale muito, onde um dirigente senta com seus filhos e da explicação e escuta e também tira dúvidas sobre qualquer coisa.
A UMBANDA que pratico e tento ensinar não quer escravos, quer sim pessoas de boa vontade, pessoas que venham com o coração aberto, pessoas que entendam que não devem vir para UMBANDA pensando em melhorar de vida, mais sim pessoas que entendam que ajudando a melhorar um pouco que seja este mundo, vão com certeza receber sua parte nesta melhora.


Na minha linha que é UMBANDA, as entidades não nos tratam como empregados ou meros cavalos, eles nos tratam como amigos de jornada, não nos fazem exigências absurdas e respeitam os nossos limites e sempre procuram trazer prazer e alegria para dentro de nosso terreiro.


Nós não vivemos da religião ou para a religião.

Vivemos sim, a religião em todos seus limites.

RITA DE IEMANJA


ELIAS DE XANGÔ

Zeladores da TENDA DE XANGÔ

domingo, 1 de maio de 2011

MARINHEIROS


Os marinheiros, ou os espíritos da marujada, sabem ler e contar, e conhecem dinheiro, o que não acontece com nenhuma outra entidade, mas carregam muito dos vícios do homem do mar:
gostam muito de mulher da vida, bebem em demasia, são sempre infiéis no amor, e caminham sempre com pouco equilíbrio.
São considerados parte da linha de Iemanjá (povo d'água).

Supõe-se que são espíritos de antigos piratas, marujos, guardas-marinhas, pescadores e capitães, pessoas que viviam e trabalhavam no mar.
Sua mensagem é que se pode lutar e desbravar o desconhecido, do nosso interior ou do mundo que nos rodeia com fé, confiança e trabalho em grupo.
Mostram-se sinceros, sentimentais e amigáveis, dispostos a ajudar em problemas amorosos ou na procura de alguém, de um "porto seguro".
A gira de marinheiro e alegre e descontraída.

São sorridentes e animados e com palavras macias e diretas eles vão bem fundo na alma dos consulentes e em seus problemas.
A marujada coloca seus bonés e, enquanto trabalham, cantam, fumam charuto, cigarro ou cigarrilha e bebem uísque, vodka, vinho e cachaça.
Geralmente usam bonés, calças, camisa e jaleco, em cores brancas de marinheiros e azul marinho de capitães.

Recebem oferendas na orla do mar, em lugar seco sobre a areia.
Recusam conchas, estrelas do mar ou outros objetos do mar, pois consideram que ter objetos pertencentes ao mar traz má sorte.
Aceitam, porém, oferendas de búzios, que não são considerados adornos, mas símbolos de dinheiro.
Entre os nomes mais conhecidos, estão:


Seu Martim Pescador, Maria do Cais, Chico do Mar, Beira Mar ,Zé Pescador, Seu Marinheiro Japonês e Seu Iriande.

ORAÇÃO CABRA PRETA MILAGROSA


* Dividido em 10 partes
* Considerada a única obra que contém a oração da Cabra Preta Milagrosa
* São Cipriano levava consigo poderes ocultos obtidos por centenas de viagens feitas por todo o mundo, inclusive em certa época de sua vida obteve ensinamentos da famosa feiticeira de Évora, o qual aprendera magia negra, fazendo-se assim o mais poderoso feiticeiro da face da terra.

Isso despertou o interesse de personalidades de grande riqueza o que lhe possibilitou tornar-se dono de uma fortuna inestimável.
Após a morte de Évora, Cipriano apoderou-se dos manuscritos da velha bruxa, com os quais pode invocar a presença do próprio imperador, no caso, o rei dos infernos "lúcifer".
* Existem fatos concretos de que Cipriano, o bispo de Cartago, realmente existiu, mas quando seus restos mortais foram encontrados, a Igreja Católica mais uma vez ocultou os manuscritos onde juntos encontravam os da velha Évora.

Diz-se que os manuscritos estão arquivados em poder do Vaticano na Biblioteca de Roma, onde podem ser acessados por qualquer pessoa interessada.

SÃO CIPRIANO


O Mago dos Magos, o santo de Deus

Tascius Caecilius Cyprianus, nasceu na cidade de Antioquia.
Antioquia era uma cidade antiga erguida na margem esquerda do rio Orontes, na Turquia. Foi nesta cidade que, quando o Cristianismo era apenas uma pequena seita religiosa, Paulo pregou o seu primeiro sermão numa Sinagoga, e foi também aqui que os seguidores de Jesus foram chamados de Cristãos pela primeira vez.
Historicamente, há quem defenda que São Cipriano Bispo de Cartago, ( Cartago, o coração do grande império fenício que existiu no Norte de Africa e que rivalizou com o império romano pelo controlo do mediterrâneo) e são Cipriano de Antioquia,( de cognome «o feiticeiro», ou «o mago dos magos»), nascido na cidade que existiu na zona entre Turquia e Síria, e que era chama «a mais bela cidade do oriente», são figuras históricas totalmente distintas. Ao contrario, muitas outras fontes afirmam que São Cipriano o Bispo de Cartago, e São Cipriano «o Feiticeiro», se tratam da mesma figura histórica, sendo que por motivos de ocultação da vida pecaminosa de São Cipriano antes da sua conversão, se procurou criar a ideia que o São Cipriano santificado era uma figura totalmente distinta do São Cipriano o bruxo, assim retirando de São Cipriano o Bispo e o Santo, a pesada macula de todos os seus anteriores pecados. São teses históricas, umas mais defensáveis que outras, mas que de qualquer das formas são unânimes em confirmar a existência de São Cipriano. Cremos pessoalmente, que tal como afirmam as mais ilustres obras que versam sobre São Cipriano, que Cipriano o Bispo de Cartago, e Cipriano o Bruxo, são a mesma pessoa.

Quanto a São Cipriano de Antioquia, o bruxo e santo:
Antioquia era a terceira maior cidade do império romano, conhecida pela sua depravação. Nesta metrópole conhecida por "Antioquia, a bela", ou a "rainha do Oriente", ( tal era a beleza da arte romana e do luxo oriental que se fundiam num cenário deslumbrante), a população era maioritariamente romano -helénica, e o culto dos deuses era a religião oficial. Alguns dos cultos religiosos estavam associados a deusas do amor e da fertilidade, pelo que a lascívia, perversão e a libertinagem era famosas nesta cidade.
Foi neste ambiente religioso e cultural que Cipriano nasceu, havendo sido admitido num dos templos sagrados da cidade para realizar os seus estudos sacerdotais e místicos.
Filho de Edeso, ( pai), e Cledónia , ( mae), Cipriano nutria uma verdadeira vocação e gosto pelos estudos místicos e religiosos. Assim, Cipriano dedicou a sua vida ao estudo das ciências ocultas, sendo que ficou conhecido pelo epíteto de o «feiticeiro». Cipriano alcançou grande fama e o seu nome foi reconhecido enquanto um poderoso feiticeiro, capaz de grandes prodígios.
Cipriano nasceu em 250 d.C. Era descendente de uma prospera família e filho de pais abastados e crentes das divindades pagas , que cedo o entregaram ao sacerdócio de Deuses.
Cipriano entrou assim em contacto com as ciências ocultas, e aprofundou afincadamente os seus estudos de feitiçaria, rituais sacrificiais e invocações de espíritos, astrologia, adivinhação, etc.
Cipriano não se limita aos seus estudos no sacerdócio em Antióquia, e desejando aprofundar os seus estudos ocultos,viaja pelo Egipto e pela Grécia, angariando conhecimento com vários mestres e sacerdotes místicos; ele estuda desde as mais ancestrais técnicas astrológicas, á numerologia hebraica, e demais artes misticas.
Por volta dos seus 30 anos, Cipriano encontra-se estabelecido na Babilónia, onde encontra a bruxa Èvora.
Estudando com ela, Cipriano desenvolve as suas capacidades premonitórias e outras matérias sobre as artes da bruxaria segundo as tradições místicas dos Caldeus.
Após o falecimento da Bruxa Évora, Cipriano herda os manuscritos esotéricos da Bruxa Évora, dos quais extrai muita da sua sabedoria oculta.
Ao fim de algum tempo, Cipriano já domina as artes das ciências de magia negra, contactando demónios.
Diz-se que se tornou amigo intimo de Lúcifer e Satanás, para os quais conseguia angariar a perdição de muitas belas e jovens mulheres, o que muito agradava aos diabos, que em troca lhe concediam grandes poderes sobrenaturais.
(Sobre como um bruxo ou bruxa se tornam servos do demónio, consultar Bruxas e Demónios, assim como o Malleus Maleficarum e Sabbath),
Com os poderes infernais que lhe advinham que dialogar directamente com os demónio e pedir-lhes a concretização de favores, Cipriano construiu uma carreira de bruxo com grande fama, produzindo grandes feitos, o que lhe valeu uma imprecedível reputação de grande feiticeiro ou mago.
Muitas pessoas de todos os quadrantes geográficos procuravam os seus serviços místicos e os seus ganhos financeiros eram assinaláveis. São Cipriano viveu assim uma vida de bruxarias e riquezas, sendo que dizem certas lendas que São Cipriano foi dono de um fabuloso tesouro, onde se encontravam tanto os seus manuscritos secretos sobre assuntos místicos e bruxaria, como uma fortuna financeira incalculável, adquirida através do exercício das suas artes esotéricas.
Cipriano foi autor de diversas obras e tratados místicos, e era já um feiticeiro respeitado, reputado e temido, quando foi contactado por um rapaz de nome «Aglaide», ( ou Adelaide).
O rapaz estava ardentemente apaixonado por uma belíssima donzela Cristã de nome Justina.
Aglaide tinha encontrado o consentimento dos pais de Justina quanto a um casamento com ela, contudo a donzela professava uma forte fé cristã e desejava manter a sua pureza, oferecendo a sua virgindade a Deus. Por esse motivo, Justina recusou-se casar.
Desgostoso mas com forte determinação em possuir Justine, Adelaide encomendou os serviços de Cipriano, o «mago dos magos», grande estudioso e sabedor dos conhecimentos do oculto.
Cipriano usou de toda a extensão da sua bruxaria para fazer Justine cair nas tentações carnais, levando-a a abrir-se e oferecer-se a Aglaide, ao passo que renunciando á sua fé Cristã.
Cipriano fez uso de diversos trabalhos malignos, e contudo nenhum deles surtiu qualquer efeito.
Para espanto de Cipriano, todo o batalhão de feitiços que usava era repelido pela jovem rapariga apenas através do sinal da cruz e das suas orações

Acostumado a fazer belas moças cair na tentação da carne e assim a leva-las a entrar pelos caminhos da luxúria, conquistando-as para si mesmo, ( a favor do diabo, a quem com a perversão lhes vendia as almas ), ou para as abrir a quem lhe encomendava os serviços de feitiçaria, Cipriano não consegue entender o que se estava a passar.
Ele encontrou muitas dificuldades, sendo que pediu ao demónio que perseguisse a jovem e bela Justina, ora lançando-lhe forte tentação e inflamando-a se desejo carnal, ora atormentando-a com visões e aparições, ora tentando-a vergar com todo um ardil diabólico, que ia de doenças, a todo o tipo de enfermidade. Noite após noite, a pedido de Cipriano, o demónio visitava a jovem Justina com a sua infernal quantidade de seduções e castigos. Nada resultou.
Cipriano desiludiu-se profundamente com as suas artes místicas que ate então tinham funcionado tão forte e infalivelmente, para agora se verem derrotadas por uma mera donzela com fé em Deus e em Cristo.

Aconselhado por Eusébio, ( um amigo seu), e observando o poder da fé de Justine, Cipriano concerteu-se ao Cristianismo.

Assim fazendo-o, o feiticeiro destruiu grande parte das suas obras esotéricas e tratados de magia negra, assim como ofereceu e distribuiu todos os seus bens materiais e riquezas aos pobres.

Depois de se converter, Cipriano ainda foi fortemente atormentado por espíritos de bruxas que o perseguiam, mas teve fé e assim afastou de si tais aparições que apenas o pretendiam reconduzir aos caminhos da feitiçaria.

Cipriano viveu uma vida de castidade e virtude, vindo a ser ordenado sacerdote, e mais tarde alcançado a posição de Bispo de Cartagena.

A fama de Cipriano era contudo grande e as notícias da sua conversão ao cristianismo chegaram á corte do Imperador Diocleciano que á data tinha fixado residência na Nicomédia.

Cipriano e Justina foram perseguidos, aprisionados e lavados ao imperador, diante do qual foram forçados a negar a sua fé. Naquele tempo, muitas das perseguições contra os cristãos visavam fazer os fiéis abjurar, ou seja, renunciar á fé em Cristo. A esses cristãos, cuja a vida era poupada, chamavam-se: lapsi

Consta que Justina e Cipriano, foram por isso violentamente torturados, na tentativa de os levar á «abjuração».

Justina foi despida e chicoteada, ao passo que Cipriano foi martirizado com um açoite de pentes de ferro.
Mesmo com a carne arrancada do corpo a cada flagelação do chicote com dentes de ferro, Cipriano não renegou a sua fé, e Justina manteve-se sofredoramente fiel a Deus.
Conta a lenda, que outros grandes tormentos foram infligidos a Cipriano e Justina, sendo que ambos saíram ilesos, por obra de um milagre de Deus.
Perante a recusa de Cupriano e Justina em renunciar á sua fé, e enraivecido perante o milagre que teimava em salvar Cipriano e Justina das torturas, o imperador ordenou a sua condenação á morte.
Cipriano e Justina foram decapitados a 26 de Setembro de 304 d.C, juntamente com um outro mártir de nome Teotiso. Aceitaram a sua execução com grande fé e serenidade, tendo falecido com coragem e dignidade.
Os seus corpos nem sequer foram sepultados, e ficaram expostos por 6 dias. Um grupo de cristãos comovidos pela barbaridade, recolheu-os.
Mais tarde, o imperador Cristão Constantino, (272 – 337 d.C. ), ouviu falar de São Cipriano.
O imperador Constatino foi o primeiro imperador Romano a confirmar o cristianismo como religião oficial. Diz a lenda que na noite antes de uma batalha decisiva ás portas de Roma, o imperador sonhou com uma cruz e ouviu uma voz que lhe disse:«sob este símbolo vencerás».
Constantino interpretou o sonho como uma mensagem de Deus, e de facto venceu a batalha e conquistou o mais alto cargo de poder do império romano. Governou o império ate morrer.
Foi Constantino que convocou o concilio de Niceia, onde se fixou a data da Páscoa crista, assim como se decidiu sobre a natureza divina de Jesus. Foi também Constantino que através do Èdito de Constantino, fixou o domingo como dia de descanso cristão, o correspondente ao Sabbath judaico.
Constantino ordenou que os restos mortais de Cipriano fossem sepultados na Basílica de São João Latrão, localizada na praça com o mesmo nome em Roma, que é a catedral do Bispo de Roma, ou seja: o papa. A basílica de São João de Latrão, (Archibasilica Sanctissimi Salvatoris), é a «mãe» de todas as igrejas, aquela na qual o Santo Padre exerce o seu mais alto oficio divino.
A Basílica de São João de Latrão encontra-se localizada na praça de mesmo nome em Roma e é a Catedral do Bispo de Roma: o Papa. O seu nome oficial é «Arquibasílica do Santíssimo Salvador», e é considerada a "mãe” de todas as igrejas do mundo.
Foi na «Omnium Urbis et Orbis Ecclesiarum Mater et Caput», ( mãe e cabeça de todas as igrejas do mundo), que São Cipriano, o santo e mártir, encontrou o seu eterno repouso.
Todo percurso de São Cipriano é um verdadeiro hino á vida no esplendor da sua existência:
do Diabo a Deus, dos anjos aos demónios, da feitiçaria é fé crista, da magia negra á magia branca, em tudo São Cipriano mergulhou, estudou e viveu.
Do pecado á virtude, da luxúria á santidade, da riqueza á pobreza, do poder á martirização, se alguém é digno de um percurso existência completo, rico e enriquecedor, eis que este santo assim o representa.
Controverso e polémico, em São Cipriano a própria noção de evolução espiritual através da profunda vivência das mais diversas realidades espirituais, ( do mais profano excesso, á mais sacrificada ascese), encontra corpo na vida e obra deste feiticeiro e mártir.
Outras figuras houveram como ele ao longo da história:
Maria Madalena amava profundamente a luxúria e era prostituta, uma mulher totalmente entregue ao prazer da carne, da vaidade e da luxúria, e que mais tarde viria a ser Santa; Paulo perseguia a matava homens e mulheres inocentes apenas por serem cristãos. Era um sanguinário predador de homens, um assassino que assistiu á morte de São Estêvão, (o primeiro mártir), e que perseguiu e matou cristãos na estrada que conduzia a Damasco, e que depois ascendeu a Santo; Maria Egípcia, viveu na Alexandria, ( Egipto), onde se tornou prostituta. Não vendia o corpo pensando em dinheiro, mas apenas pelo vício do prazer. A quem lhe queria pagar, ela recusava o dinheiro e dizia que se prostituía apenas para ter quantos homens fosse possível, fazendo de graça o que lhe dava prazer. Também ela se tornou Santa Maria do Egipto, a ermitã.
A história está repleta de santos que foram pecadores, e de grandes pecadores que se tornaram santos.
São Cipriano é também um desses exemplos da natureza humana em toda a sua complexa extensão:
- de pecador dedicado á feitiçaria, considerado o «mago dos magos», apelidado como o «discípulo preferido do Diabo», conquistando pela bruxaria belas mulheres para as entregar ás mãos do Diabo e da luxúria, e construindo fortuna com fundamento na pratica do ocultismo, chegou a santo na mais devota e redentora assunção do termo.
Muito mais que apenas um feiticeiro, ou apenas um santo: é um símbolo da mais íntima natureza humana, na sua ampla dualidade. São Cipriano, foi bruxo de grande poder, bispo de grande sabedoria e santo de grande nobreza. Por tudo isso, ( e tal como Maria Madalena, que foi pecadora e encontrou a luz em Cristo), São Cipriano foi um exemplo que redenção e salvação. Os seus saberes contudo, abrem as portas á magia negra mais poderosa, ou á magia branca mais celestial. Cabe a cada um de nós, usar os saberes de São Cipriano em consciência, e de acordo com as nossas escolhas.

São Cipriano ficou famoso tanto pela sua vida de escândalos e luxúria, como pela pratica da mais poderosa bruxaria, ( que aprendeu tanto nos templos das Deusas da fertilidade, como com a famosa Bruxa Évora), como pelos muitos milagres que fez depois de se converter ao cristianismo, ( o que o levou a ser um dos mais bem sucedidos evangelizadores do seu tempo), e por ultimo pela sua morte como mártir em nome da Fé.

Contam as lendas que São Cipriano, através dos conhecimentos obtidos com a bruxa Évora, terá feito um pacto com um demónio. Por causa desse pacto, São Cipriano ter-se-ia entregue a uma vida de luxúria e pecado, por forma a satisfazer o demónio, entregando belas mulheres á perdição e perversão das seduções carnais. Desse pacto demoníaco celebrado por São Cipriano, conta-se que lhe advieram os extensos poderes mágicos com os quais o bruxo realizou incontáveis trabalhos místicos, que lhe renderam uma fama sem precedentes.

Dizem algumas fontes, que os manuscritos de São Cipriano ainda existentes, (que podem ser usados tanto para o bem, como para o mal), encontram-se conservados na Biblioteca do Vaticano, e que os livros que presentemente existem no mercado são excertos retirados dessas obras originais.

Nos saberes de São Cipriano, é claro de embora Cipriano haja renunciado á prática das artes da feitiçaria, ele por vezes podia ensina-la a quem se encontrava em perigo ou tormentos, a fim de auxiliar essa pessoa, se assim fazendo-o então o santo conquistasse mais uma alma para a salvação da cristandade, o que apenas atesta que magia usada para operar em Deus e a bem da salvação de uma alma cristã, é uma coisa boa e virtuosa.

Seja como for, São Cipriano é um Santo e Bruxo milagreiro, cujas as graças já favoreceram milhares de sofredores por todo o mundo, em todo o tipo de situações mais desesperadas. O dia de São Cipriano é celebrado a 2 de Outubro, sendo que na última noite desse mesmo mês, a 31 Outubro( para 1 Novembro, a noite mais longa do ano), é celebrado o dia dos mortos, ou o dia das bruxas. O mês 9 de todos os anos, é um mês de profunda tradição na bruxaria.

Obra e vida de S. Cipriano, extraída do Flos Sanctorum

S. Cipriano ensina nos seus escritos, que perante o tamanho poder do feitiço e do encantamento da bruxaria, apenas a Deus pode impedir o seu resultado, pois o santo assim mesmo o observou junto de Santa Justina. Há excepção disso, o saber oculto de S. Cipriano é capaz de abrir portas a um poderosíssimo contacto com os espíritos. Os saberes ocultos de S. Cipriano são por isso e reconhecidamente, uma inigualável fonte de ensinamentos místicos, que já operaram prodígios e favorecimentos por todo o mundo, através de uma das maiores autoridades históricas e espirituais no mundo esotérico.

CABLOCA IRACEMA FLECHEIRA


Entre os do sexo masculino mais conhecidos, contam-se:
Araponga, Araribóia, Águia-Branca, Águia-da-Mata, Aimoré, Araribóia, Araúna, Arranca-Toco, Arruda, Beira-Mar, Boiadeiro, Caçador, Caramuru, Carijó, Catumbi, Cipó, Cobra-Coral , Coração da Mata, Corisco, Flecha-Dourada, Flecha-Ligeira, Flecheiro, do Fogo, Gira Mundo, Girassol, Guaraci, Guarani, Humaitá, Inca, do Vento, Jibóia, João da Mata, Junco Verde, Juremeiro, Laçador, Laje Grande, Lírio Verde, Lua, Mata Virgem, Ogum Beira-Mar, Ogum Iara, Ogum da Lei, Ogum da Lua, Ogum Malê, Ogum das Matas, Ogum Matinada, Ogum Megê, Ogum dos Rios, Ogum Rompe-Mato, Olho de Lobo, do Oriente, Oxóssi da Mata, Pajé, Pantera Negra, Pedra-Branca, Pele-Vermelha, Pena Azul, Pena-Branca, Pena-Dourada, Pena-Preta, Pena-Roxa, Pena-Verde, Pena-Vermelha, Peri, Quebra-Demanda, Rei-da-Mata, Rompe-Folha, Rompe-Mato, Roxo, Samambaia, Serra Negra, Sete-Cachoeiras, Sete-Cobras, Sete-Demandas, Sete-Encruzilhadas, Sete-Estrelas, Sete-Flechas, Sete-Folhas-Verdes, Sete-Montanhas, Sete-Pedreiras, Sol, Sultão da Mata, Tibiriçá, Tira-Teima, Treme-Terra, Tupã, Tupi, Tupi-Guarani, Tupinambá, Tupiniquim, Ubirajara, Ubirajara Flecheiro, Ubiratã, Urubatão, Vence Tudo, Ventania, Vigia das Matas, Vira Mundo, Xangô Agodô, Xangô Cao, Xangô da Mata, Xangô Pedra-Branca, Xangô Pedra-Preta, Xangô Sete-Cachoeiras, Xangô Sete-Montanhas e Xangô Sete-Pedreiras.

Do sexo feminino, são nomes mais conhecidos:
Araci, Estrela-do-mar, Caboclinha da Mata, Caçadora, Diana da Mata, Guaraciara, Iansã, Iara, Indaiá, Iracema Flecheira, Jacira, Jandira Flecheira, Jarina, Jupira, Jurema, Jurema da Mata, Jurema do Mar, Jurema do Rio, Jurema Flecheira, Juremeira, Juçara, Cabocla do Mar, Cabocla da Mata, Nanã Burucum e Oxum.

A ALEGRIA DOS MARINHEIROS

Aos poucos eles desembarcam de seus navios da calunga grande e chegam em Terra. Com suas gargalhadas, abraços e apertos de mão.
São os marujos que vêm chegando para trabalhar nas ondas do mar.

Os Marinheiros são homens e mulheres que navegaram e se relacionaram com o mar.

Que descobriram ilhas, continentes, novos mundos.

Enfrentaram o ambiente de calmaria ou de mares tortuosos, em tempos de grande paz ou de penosas guerras.

Os Marinheiros trabalham na linha de Iemanjá e Oxum (povo d'áqua) e trazem uma mensagem de esperança e muita força, nos dizendo que se pode lutar e desbravar o desconhecido, do nosso interior ou do mundo que nos rodeia se tivermos fé, confiança e trabalho unido, em grupo.

Seu trabalho é realizado em descarregos, consultas, passes, no desenvolvimento dos médiuns e em outros trabalhos que possam envolver demandas.

A gira de marinheiro e bem alegre e descontraída.

Eles são sorridentes e animados, não tem tempo ruim para esta falange.
Com palavras macias e diretas eles vão bem fundo na alma dos consulentes e em seus problemas.

A marujada coloca seus bonés e, enquanto trabalham, cantam, bebem e fumam. Bebem Whisky, Vodka, Vinho, Cachaça, e mais o que tiver de bom gosto.

Fumam charuto, cigarro, cigarrilha e outros fumos diversos.

Em seus trabalhos são sinceros e ligeiramente românticos, sentimentais e muito amigos.

Gostam de ajudar àqueles e àquelas que estão com problemas amorosos ou em procura de alguém, de um "porto seguro".

A gira de marinheiro, em muito, parece uma grande festa, pela sua alegria e descontração, mas também, existe um grande compromisso e responsabilidade no trabalho que e feito.