domingo, 17 de agosto de 2008

IMPORTÂNCIA – MEDIUNIDADE NOS CULTOS AFRO-BRASILEIRA


A utilidade, dentro dos “Cultos Afro-Brasileira”.
A mediunidade de uma pessoa se manifesta de várias formas, cabendo aos Feitores, consultando aos “Búzios” e identifica-la.
Ao ser observada e identificada a mediunidade o encarregado da feitura do Òrìsà do médium deverá obedecer à uma série enorme de regras, preceitos e rituais próprios ao Òrìsà à ser feito, e isso não se faz de um dia para outro, às vezes, leva um bom tempo para o iniciado conhecer, irá depender, do mesmo, muito interesse e tempo de ambas as partes, de modo a poder obter um bom resultado da “Obrigação de Cabeça” que vai firmar.
São preceitos indispensáveis e sérios e o “Feitor” deverá conhece-los profundamente e com muita segurança para não vir a prejudicar o futuro daquele que nele confiou e entregou sua cabeça.
Hoje, lamentavelmente, muitos “Feitores”, descobriram que só colocando a ponta de faca sobre a cabeça do iniciado, exclui o mesmo, de qualquer obrigação, porque?
Ponta de faca não é mão!
Toma o dinheiro do iniciado, sem sofrer qualquer prejuízo juntos aos seus Òrìsàs.
Na verdade, quem toma o prejuízo sempre será o iniciado, tanto em sua vida religiosa, bem como, na vida particular.
Destas feituras nasceram os religiosos cosmopolitas ( pulam de casa em casa de Região).
No meu conceito: “Esses Feitores, são os verdadeiros gigôlos da Religião Afro-Brasleira”.
Se você faz, iniciados, só com a ponta de faca (obé), então, meu amigo Feitor, não faça mais, use suas mãos e faça com respeito, aquém confiou lhe a cabeça e, principalmente, em seus órìsàs.
Só para ilustrar, há 25 anos atrás, não era comum se ver, pessoas trocando de Casas de Religião e de Feitores como hoje, Porque?
Digo: Antigamente havia respeito mutuo.
Hoje, o que existe é comércio.
E, Feitores demonstrando um grande despreparo para tal função.
E visando somente o lado lucrativo e se obstando ao ensinamento religioso, às vezes por não saber e outros por empanar seus conhecimentos.
Com certeza ninguém pense que pode se tornar um Bàbálòrìsà ou Yálòrìsà de um dia para outro, sem antes ter passados pelos preceitos obrigatórios, indispensáveis.
Mas, não é o que se vê normalmente, nos dias de hoje!
Na época em que estamos, surgiu uma nova maneira de proceder, ou seja, Feitores fazerem de seus discípulos, “clientes cadastrados”; e evitando o ensinamento do “Fundamento e dos Rituais”, para que, os mesmos, sempre fiquem na dependência.
É obrigação do “Feitor”, os ensinamentos da doutrina religiosa (Fundamento e Rituais).
São essas regras, originárias da África Negra, para aqui trazidas pelos antigos escravos africanos e, até hoje conservadas e praticadas por alguns “Feitores”e ignorados por outros.

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