terça-feira, 26 de agosto de 2008

OXUM, NO NOVO MUNDO

No Brasil e em Cuba,
os adeptos de Oxum usam colares de contas de vidro de cor amarelo-ouro e numerosos braceletes de latão.
O dia da semana consagrado a ela é o sábado e é saudada, como na África, pela expressão “Ore Yèyé o!” (“Chamemos a benevolência da Mãe!”).
Fazem-se sacrifícios de cabras a Oxum e oferecer-lhe prato de mulukun (mistura de cebolas, feijão-fradinho, sal e camarões) e de adun (farinha de milho misturada com mel de abelha e azeite doce).
A sua dança lembra o comportamento de uma mulher vaidosa e sedutora que vai ao rio se banhar, enfeita-se com colares, agita os braços para fazer tilintar seus braceletes, abana-se graciosamente e contempla-se com satisfação num espelho.
O ritmo que acompanha as suas danças denomina-se ijexá, nome da região da África por onde corre o rio Oxum.
É o único ritmo tocado com as mãos no rito kêtu, calmo, balanceado, envolvente e sensual, como a deusa da água doce.
É tocado ainda para Logunedé e algumas vezes para Exu e para Oxalá.
No Brasil, ela é sincretizada com Nossa Senhora das Candeias, na Bahia e Nossa Senhora dos Prazeres, no Recife.
Em Cuba, com Nuestra Señora de la Caridad Del Cobre.
O arquétipo de Oxum é o das mulheres graciosas e elegantes, com paixão pelas jóias, perfumes e vestimentas caras.
Das mulheres que são símbolos do charme e da beleza.
Voluptuosas e sensuais, porém mais reservadas que Oiá.
Elas evitam chocar a opinião pública, à qual dão grande importância.
Sob sua aparência graciosa e sedutora esconde uma vontade muito forte e um grande desejo de ascensão social.

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