Antigamente era assim!
Os antigos, Bàbálòrìsàs e Yálòrìsàs; que foram realmente iniciados de acordo com os ritos tradicionais, costumam a dizer e afirmar que um dos segredos (erós) é possuir o conhecimento (fundamento) de cada pedra.
Os antigos, Bàbálòrìsàs e Yálòrìsàs; que foram realmente iniciados de acordo com os ritos tradicionais, costumam a dizer e afirmar que um dos segredos (erós) é possuir o conhecimento (fundamento) de cada pedra.
Como diziam os Velhos “Feitores”:
Entre muitos, segredos, não se pode revelar, à qualquer iniciante!
Para o mesmo, obter era necessário já ter feito as “Obrigações de base”, ou seja, ter uma “Feitura” de um Ó-Obórí completo e, possuir um estágio de conhecimento elevado.
Já adquirido certos conhecimentos de cozinha africana, o domínio do local de predominância de cada Òrìsà;
o saber, despachar os ekòs, ebós e bossum ou bózo (feitiço).
Durante o tempo de iniciação, os Feitores, iam observando seu (s) discípulo (s), como por exemplo:
A sua “fé” e dedicação ao ritual, ora ensinado;
o interesse em aprender;
a dedicação e obediência aos Òrìsàs e a seu “Mestre”.
Após isto!
Então chegava à hora de consultar aos Òrìsàs, para saber se a pessoa já estava apta em conhecer o segredo da pedra e neste, momento, se interrogava aos Òrìsàs, se a pessoa tinha para dar a continuidade no Culto aos Òrìsàs, caso contrário, senão, ficava só na “Obrigação inicial”e que, já tinha, ficando pela vida inteira.
Após a consulta aos Òrìsàs, e o iniciante, recebendo uma resposta positiva e já obtendo os requisitos necessários, então, já estava apto à receber as primeiras lições.
Como por exemplo:
O que é um “iòkutá ou òkutá”?
É qualquer pedra com ou sem vida.
O que é “Otá ou Etá”?
É o “òkutá” escolhido entre muitos, no leito ou margens de um rio.
E em outros lugares, para Òrìsàs adverso a água.
O iniciante, deve sempre, estar acompanhado de seu “Feitor (a)” no recolhimento dos òkutás e para obter o aprendizado.
Para mais tarde, o Feitor (a) escolher, os mesmos, e consultar aos Òrìsàs, através dos “búzios”, para saber qual o òkutá à ser assentado ao Òrìsà do iniciante.
Após a aprovação dos òkutás e também, após a sua consagração passará a ser chamado de “Otá”em algumas “linhagens”, em outras de “Etá”.
Devo alertar, que o iniciante, é que têm que achar, encontrar os seus òkutás, principalmente, o òkutá correspondente ao seu Òrìsà de cabeça (Olórí), bem como, para os demais em sua “Obrigação”.
No futuro, você irá se orgulhar, de tal ato, e do ensinamento que recebeu de seu Feito(a).
Com certeza, “otá”, é um dos principais, elemento da idolatria natural do “negro”, desde os monólitos, megalíticos até a simples pedra rolada da margens dos rios.
O òkutá para corresponder ao Òrìsà, depende ora da cor, ora do local em que foi encontrada, ora da configuração ou forma espontânea.
É muito importante, com relação ao òkutá que não apresente arestas, cortes, fraturas ou ação da mão do homem depois de achado.
Não há rocha, mineral sedimentário, ígneo ou vulcânico que não tenha sido aproveitado nas múltiplas manifestações do rito e do culto.
Nem todos Òrìsàs, utiliza-se em seu assentamento òkutás, devemos observar a origem, passagem e o domínio de cada Òrìsà e a ”Linhagem” de origem que a pessoa pertence.
Mas, têm um segredo (eró) que diz:
Mas, têm um segredo (eró) que diz:
Tudo que vêm da “natureza” têm que voltar à “natureza”, ou seja, seu ponto de origem e domínio;
o que for de “mato para o mato”;
“d’água doce para água doce”;
“do morro para o morro”;
“do campo para o campo”;
“do mar para o mar”.
Exemplos:
Os “Itekés = Òrìsàs em vultos, esculpidos em na madeira, como por exemplo:
“Odé-Òtin”;
Òsónyìn (Ossãe);
Ibeijes.
E outros que são representados em pedra ferro e, também em ferros esculpidos, sem ir ao fogo;
outros são representados por conchas e caramujos do mar.
Observação:
Quem sabe fazer, têm que saber desfazer uma “Obrigação”.
É no ritual fúnebre (asesé; ìjeje e para outros aressum) e nesta “Obrigação”, que se realiza o “aprontar de uma Obrigação e da pessoa”, porque deixou de existir.
O que é da “natureza”volta para a “natureza”, só ficando os conhecimentos da pessoa, a qual pertencia a Obrigação;
dependendo de seus conhecimentos e ensinamentos aos seus discípulos, ficará imortal ou simplesmente, mortal.
“O homem vêm e colhe o que semeou, segundo a quantidade que a vida passada plantou, de trigo ou joio, será sua medida”.
“Se trabalha arrancando as ervas más, a terra será fértil, limpa, bela e opulenta a colheita”.
“CULTO DE CONGO” - Somente para elucidar.
Nos demais Cultos, Nagò, usa-se o assentamento de “Otás” consagrados aos Òrìsàs.
Já no “Culto de Congo”, otá denomina-se “Abiteké, Batekétés”, são bonecos feitos de argila e ijé, e com suas indumentárias dentro do Culto.
A onde, no meu entender, é neste Culto que se realiza o verdadeiro assentamento para Exu.
ABIKUM
“Pessoa que já nasce com “Obrigação Feita”, o nome dado à esse “Fundamento” em Africano é ABIKUM.
A este fenômeno e muito raro ocorrer.
Que os ocultistas chamam:
“Imantação”, ou seja, forças que aderem a uma pessoa e que aí permanecem.
Por exemplo:
É um Òrìsà, com muita “luz e força”, de uma pessoa que morreu (linhagem Nagò) e por herança passou à outra pessoa, seja familiar ou estranho ao meio.
Quando esse Òrìsà vêm novamente ao mundo, causa um espanto, Ele, chega e já vai dando o seu nome e normalmente, existe certas semelhanças a do Òrìsà, que chegou, com o do ante-passado.
Este se constitui portanto um “Òrìsà Feito” (como se diz: nasceu feito), inclusive com a liberdade de fala.
Neste caso só se deve fazer a confirmação, e qualquer obrigação feita à essa pessoa, só realizar na cabeça, por exemplo:
Ó-Obórí de quatro pés (completo), podendo colocar todos os utensílios na cabeça como búzios, moeda, guias do Olórí, antes de realizado a Obrigação é colocado uma apara na cabeça, para depois fechar ou colocar sobre a cabeça uma cuia (porongo) pintado externamente de branco, cobrindo tudo com “tussú”, ojá branco (turbante branco).
Após alevantação da mesma, é armado os utensílios do Ó-Obórí na manteigueira e sobre a mesma, será colocado a cuia cobrindo toda a “Obrigação.
A colocação da cuia, por cima do Ó-Obórí, isto é um segredo (eró).
Observação:
O nome Abiku ou Abikum – Também podemos definir como:
“O que vai morrer”, mais propriamente os que nascem destinados à morrer criança, antes de atingir a juventude.
Vulgarmente, chamado, uma criança fujona, ou se já, que na maioria não fecha os sete anos.
O Feitor (a), sabem realizar as seguranças de vida à essas crianças, que são feitas aos sete, quatorze e aos vinte e um anos de vida.
Após, aos vinte e um anos, a pessoa a ser um “Omorisà” ou realiza uma “Obrigação à Òrìsà”, para dar continuidade inclusive na Religião.
PEDRA DE SEVÁ
Pertencente ao Òrìsà Ògún.
É indispensável em seu assentamento.
Este fundamento é muito realizado na Linhagem (Nação) de Oyó, principalmente, no interior do Estado (RS.), zona Sul.
É um pedra de grande valor magnético, que se alimenta de limalhas de aço e ouro, dando cria e quando isto acontece, com certeza, existe prosperidade.
É também chamada por muitos de pedra-ímã, porque a mesma aderem as limalhas, mas existe diferença de uma para a outra.
A pedra de Sevá, é muito pesada, recoberta de um limo arrepiado, é raríssima, devendo aquém possuir cuida-la bem, sob pena de desgostos e decepções.
Aquém conhece os preceitos e seu assentamento como Obrigação, sobre seu alto valor magnético e monetário de uma Casa de Religião, que tenha a Pedra de Sevá.
Observação:
Hoje, existe na floras, imitações e muitas delas são aços ou pedra-ímã.
Digo: A verdadeira Pedra de Sevá, é muito raro e difícil de consegui-la.
5 comentários:
GOSTARIA DE SABER SE VOCÊ POSSUI A ORAÇÃO DA PEDRA DE SEVÁ.
SE VOCÊ SOUBER ONDE POSSO ENCONTRA-LA, ME AVISA ENVIANDO E-MAIL PRA laise_bo@yahoo.com.br
DESDE JÁ AGRADEÇO-LHE.
ABRAÇOS, LAISE
MINHA MAE SENHORA ROMILDA RIBEIRO DO NASCIMENTO NASCIDA NO DIA 27/09/57. È ABIKU GOSTARIA DE SABER PQ TODOS QUE TENTAN AJUDAR ESPIRITUALMENTE CAEM DOENTE E VAO PARA O HOSPITAL ENTRE A VIDA E A MORTE. DIZEM QUE É UMA QUISILA QUE ELA TEM O QUE SE FAZ PARA TIRAR ESSA QUISILA. AGUARDO RESPOSTA.
Resposta para Cristiane; Abiku é o nome que dá à uma lenda de uma tribo de feiticeiros invisíveis, se quiser saber mais me mande seu E-mail para reiselias@globo.com e eu te responderei com mais detalhes.
Que Oxalá te abençoe,
Elias de Xangô
Como faço para desfazer da pedra de sevá tenho ela mais de 50 anos????
Olá,
abiku na tradição das sociedades africanas iorubanas são espíritos que ficam encarnando e desencarnando suscessivamente, são as chamadas crianças abikus. Para melhor conhecimento desses espíritos ler o livro do africano/nigeriano Chinua Achebe "o mundo se despedaça". O livro já tem em português.
Na África quando o babalawó descobre que a criança é abiku, são feitos rituais específicos com ela num local chamado floresta encantada.
Kelma d'yemojá
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